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Os meios de transportes de Porto Alegre


A primeira linha de transporte coletivo em Porto Alegre, inaugurada em 1865, utilizava uma carruagem que transitava por uma estrada de ferro, chamada carinhosamente de "maxambomba". Essa concessão pública foi concedida aos empresários Estácio Bittencourt e Emílio Gengebre que após alguns anos de operação se desentenderam com a Câmara de Vereadores e o sistema foi extinto.
Somente em 1873, através de uma concessão governamental, vieram os bondes puxados por animais (mais especificamente por mulas) pertencentes a Companhia Carris de Ferro Porto-alegrense. Em 1888, quatro linhas operavam na cidade.
Em 1893 uma segunda concessão outorgava à Companhia Carris Urbanos explorar mais uma fatia da cidade. As duas empresas fundiram-se em 1906 sob o nome Companhia Carris Porto-alegrense, então utilizando energia elétrica da Companhia de Força e Luz e aposentando as velhas mulas, operando dez linhas com 37 veículos.
A chegada dos carros e ônibus começou a trazer um atrativo para a população, pois além de atingir bairros distantes também transportavam mais pessoas, e fez com que os bondes começassem a perder a clientela pois não tinham horários fixos nem fiscalização. À partir de 1928, o poder público iniciou a fiscalização e regulamentação para o funcionamento de ônibus privados, determinando linhas e horários. Alguns dos desbravadores "gaúchos" e suas empresas:
Amador dos Santos Fernandes (Empresa Amador, atual Central em São Leopoldo e transportes Coletivos Viamão em Viamão);
Alberto Rodrigues (Expresso Vila Ipiranga e Expresso Veraneio em Porto Alegre);
José Geraldes (Viação Lusitanos Ltda. em Esteio).
 

Primeiros bondes de Porto Alegre - 1865 O início do transporte por bondes em Porto Alegre deveu-se à iniciativa de Estácio Bittencourt e Emílio Gengebre, que inauguraram o serviço em 1865. Os pequenos veículos de tração animal corriam em trilhos de madeira, e tendiam a descarrilhar quando chovia. O povo apelidou os veículos de "maxambombas".
Bonde "Imperial" - Porto Alegre - 1908 A cidade de Porto Alegre foi a única do Brasil a utilizar bondes de dois andares, apelidados de "Imperiais". Eles serviram durante poucos anos, pois não tiveram boa aceitação. A empresa que explorava o serviço na época era a Companhia Força e Luz Porto-Alegrense, formada pela fusão das duas empresas anteriormente existentes, a Companhia de Carris de Ferro Porto-Alegrense e a Companhia de Carris Urbanos de Porto Alegre.
Largo Montividéu - Porto Alegre - 1920 Vemos na imagem um bonde elétrico com reboque trafegar pelo Largo Montevidéu, em Porto Alegre, no ano de 1920. Os bondes, da Companhia Força e Luz Porto-Alegrense, tinham bitola padrão de 1,435m, e eram de fabricação americana ou inglesa.
Bonde com reboque - Porto Alegre - 1920 A imagem mostra um bonde elétrico com reboque na Rua 7 de Setembro em Porto Alegre, nos anos 20. Os bondes trafegavam na mão esquerda, por conta da influência dos ingleses, que implantaram o serviço de bondes elétricos. A mudança da mão só se deu em 1935
Bonde na Rua Marechal Floriano - Porto Alegre - 1920 Os bondes elétricos de Porto Alegre tiveram boa acolhida por parte do público. As linhas iniciais foram as do Menino-Deus, Partenon, Glória e Teresópolis. Em 1920, as linhas existentes eram, além das citadas acima, as dos Moinhos de Vento, Navegantes e São João.
 Rua Voluntários da Pátria - Porto Alegre - 1920 Vemos duas composições de bondes elétricos se cruzando na Rua Voluntários da Pátria, em Porto Alegre, nos anos 20. Os bondes estão puxando respectivos reboques, que eram na verdade antigos veículos de tração animal convertidos para esta nova função. Os reboques eram chamados de "operários", por conta de sua tarifa mais baixa, mas o povo os apelidou de "caradura".
 Ônibus Chevrolet "Pavão" - Porto Alegre - 1927 O ônibus da imagem pertencia a Amador dos Santos Fernandes e Manoel Ramirez, e transportava passageiros em Porto Alegre no ano de 1927. Após 1929, Amador fundou a Empresa Amador, e transportou passageiros entre Porto Alegre e São Leopoldo. Essa empresa deu origem à atual Central S.A., de São Leopoldo.
Bonde em Porto Alegre - 1935 Vemos na imagem um dos novos bondes adquiridos pela Companhia de Carris Porto-Alegrense, sob gestão da Electric Bond &Share. No período da aquisição, feita em 1928, até 1933, foram adquiridos carros da J.G. Brill e Osgood-Bradley
Bondes em Porto Alegre - 1942 A imagem mostra dois bondes trafegando pela Av. Borges de Medeiros, em Porto Alegre, em 1942. A empresa prestadora do serviço, a Companhia de Carris Porto Alegrense, foi comprada em 1928 pela empresa americana "Electric Bond & Share", a qual iniciou um programa de modernização da frota, com a aquisição, a partir de 1928, de veículos de diversos fabricantes, como J.G. Brill e Osgood-Bradley
Ônibus linha Navegantes - Porto Alegre - 1949 A imagem mostra Mikolay Schwez com seu irmão, Alexander, ao lado do primeiro ônibus da Empresa de Ônibus Navegantes Ltda, em 1949. Mikolay era sócio de Inácio Mikrachevitch, e o primeiro ônibus foi um Ford-Hercules 1946, com motor de 4 cilindros diesel
Av. Borges de Medeiros - Porto Alegre - 1950 A imagem mostra um bonde da Cia. de Carris Porto Alegrense trafegando pela Av. Borges de Medeiros, em Porto Alegre, em 1950. O veículo fechado é do tipo de dois trucks, e foi adquirido pela administração norte-americana com a finalidade de modernização da frota. Vê-se pela imagem que, nesta época, a concorrência dos ônibus e lotações começava a se intensificar.
Ônibus Vila Jardim - Porto Alegre - 1951
O ônibus da imagem foi o primeiro do empresário Enio Reis, de Porto Alegre, e fazia a linha Vila Jardim em 1951. Em 1955, a pedido das autoridades, colocou seus dois ônibus na linha Intendente Azevedo, o que lhe proporcionou excelente retorno, que lhe permitiu a expansão de seus negócios
Ônibus Grutinha - Porto Alegre - 1954 O ônibus da imagem é um GMC 1954, e tem ao lado seu proprietário, Jean Vardaramatos, que criou, junto com sua esposa Hellene, a VTC - Viação Teresópolis Cavalhada, de Porto Alegre. A empresa, sempre integrada com a comunidade, teve grande crescimento, se tornando uma das mais expressivas da capital gaúcha 
Empresa Maracanã - Porto Alegre - 1954 A Empresa Maracanã de Microônibus foi criada por Arnoldo Schiphorst em Porto Alegre nos anos 50. Tendo começado com um Chrysler De Soto, no final tinha uma frota de 28 microônibus. Schiphorst, contudo, resolveu se dedicar à política, apoiando o candidato Adhemar de Barros, e terminou por vender sua empresa
  
Ônibus "Papa-Fila" - Porto Alegre - 1957 Porto Alegre foi uma das cidades brasileiras que foram servidas pelos ônibus "papa-filas", que era composto por um grande reboque onde viajavam os passageiros, puxado por um cavalo mecânico. Os ônibus começaram a circular em 1957, na linha 73 - Camaquã, na zona sul. Pertenciam ao DATC - Departamento Autônomo de Transporte Coletivo, do Município. Como em outras cidades, o serviço não deu certo, sendo desativado em seguida
Ônibus "Deusa do Asfalto" - Porto Alegre - 1958 O ônibus apelidado de "Deusa do Asfalto" fazia parte da Empresa Nossa Senhora do Trabalho, de José Marques Saraiva (atual Nortran). Tinha mecânica Mercedes-Benz e carroceria feita pela empresa Ott, de Novo Hamburgo. Fazia a linha da Vila Ipiranga
 Ônibus Ipiranga-Educandário - POrto Alegre 1960 O ônibus da imagem servia na linha Ipiranga-Educandário, pela Auto-Viação Educandário, Porto Alegre, em 1960. Na foto, do lado esquerdo, está Cláudio Porto, filho do fundador Francelino Porto, na época motorista do ônibus
Ônibus de Bianchi - Porto Alegre Anos 60 A imagem mostra a frota de ônibus da empresa Bianchi, de Arlindo Bianchi, nos anos 60. Com veículos de diversos fabricantes, percorriam a linha Floresta na capital gaúcha




Fonte: http://www.museudantu.org.br/ERGSul4.html




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